Eu fui... Roqueira!
Era um período de espera, em razão da queda sofrida, a melhor diversão do dia era ir para a fisioterapia, que aos poucos, trazia mobilidade ao braço fraturado.
O local da fisio era agradável, o doutor era eficiente, gentil e "roqueiro", o que tornava o ambiente mais humanizado e o tempo de espera, entre a dor e os exercícios, mais agradável.
Enquanto ouvia-se a música de fundo, era possível imaginar que o doutor poderia estar orientando algum aluno de mestrado sobre: A importância do Rock como Musicoterapia Curativa de Lesões Musculares, pois esse seria um estudo bastante prazeroso de se fazer, pensava ela.
Aos poucos, percebia-se que o doutor era fã do Pink Floyd e então, um dia, ao fim da terapia, ela perguntou:
- O sr. foi ao show do Roger Waters?
- Não fui! Infelizmente, mesmo tendo sido aqui perto, em Curitiba, não foi possível, respondeu ele.
Ela ainda insistiu:
- Desculpe, mas um fã como os sr. deveria ter a oportunidade de ir a ao show do Roger Waters, porque essas músicas, que ouvimos todas as manhãs aqui na fisio, fazem parte da história e emocionam, imagine como seria ouvi-las, ao vivo, num show... seria maravilhoso!
Ele então perguntou:
- Você foi ao show?
- Fui, respondeu ela, mas, em Portugal! Foi um dos shows mais emocionantes da minha vida. Ter a oportunidade de estar próximo de um dos criadores do Pink Floyd, ouvir as explicações sobre as músicas concebidas por Roger Waters e assistir, num telão gigante, a simbologia de criações musicais representadas por martelos marchando, numa entrada triunfal, por exemplo, que pareciam soldados vindo em direção dos espectadores, assustando-os; poder soltar a voz em uma música provocadora como em: Hei Teacher!; é difícil descrever o turbilhão de emoções transcorridas naquele show. O que posso dizer é que ouvir o som de uma guitarra, sendo dedilhada com perfeição, é muito mágico! Isso sem falar da energia contagiante do show, a união de pessoas, de várias partes do mundo, cantando em uníssono... é uma emoção colossal, faltam-me palavras para descrever tudo o que vi, ouvi, cantei e vivi, acrescentou ela.
Vendo que ele a ouvia atentamente, com um brilho nos olhos, ela insistiu:
- Por que mesmo o sr. não foi ao show do Roger Waters?
- Porque temos uma filha de 3 anos, ainda é um pouco complicado sairmos...
Então ela argumentou:
- Eu já fui babysitter, posso cuidar da menina para vocês saírem, e acrescentou, o próximo show importante que tiver no Brasil me chamem que eu fico com ela, o que não pode, é um fã de rock como o sr. deixar de ouvir algum dos ícones musicais mundiais, que adora, ao vivo. Tem que ver e ouvir, antes que eles morram... Riram concordando e se despediram, desejando um ótimo fim de semana, de preferência, ao som das músicas do Roger Waters.
Agora, enquanto ela escreve os momentos transcorridos nesse dia, lembrou-se que citou o tempo em que foi babysitter, na Itália. Então, pensou que esse seria um bom momento de contar, no blog, algumas experiências vividas, também na Europa.
Assim, haverá uma série, nominada “Eu fui”, relatada aqui, de acordo com os acontecimentos do presente que lhe remeterem ao passado, para que possam ser relembrados, como um tempo cercado de dificuldades, mas também, como um tempo de superação e muita vontade de aprender, pois o maior desejo dela, foi, de tornar-se uma pessoa melhor, a cada dia, em qualquer lugar do mundo.
Ao fim da leiturinha de hoje, ergue o som e ouça, o “grande”: https://rogerwaters.com/
Nenhum comentário:
Postar um comentário